AS ENCHENTES DO TIETÊ EM 1970 E 1972

AS ENCHENTES DO TIETÊ EM 1970 e 1972

Em 1970, a cidade foi surpreendida com um "fenômeno" que desde o ano de 1929 não ocorria com a mesma grandiosidade. As copiosas e incessantes chuvas na capital e em todo interior do Estado provocaram uma surpreendente cheia do Rio Tietê. A vazão das águas junto a Usina Hidroelétrica era controlada pelos técnicos e engenheiros que avisavam pelo rádio e telefone, a hora e o volume, em centímetros, da subida das águas, para que se colocassem em alerta e segurança os moradores, os proprietários de embarcações, máquinas, equipamentos e cerâmicas, junto às margens.
Felizmente o rio Tietê não fez nenhuma vítima fatal. Os prejuízos financeiros, porém, foram enormes e os transtornos não foram menores. A Ponte Campos Salles, mais uma vez suportou bravamente a pressão das águas.
Para Barra Bonita a enchente tornou-se uma atração a mais, pois aqui não caíram chuvas fortes. As águas que causavam inundação eram decorrentes das constantes chuvas na área da grande São Paulo. Assim, todos os fins de tarde e durante mais de quinze dias, as famílias barra-bonitenses e das cidades vizinhas se dirigiam às imediações da Avenida Pedro Ometto para admirar o espetáculo: o Rio Tietê "entrando" pelos fundos da Churrascaria Bambu e "saindo" pela porta da frente, com mais de quarenta centímetros de altura de água. O córrego, represado pela força das correntezas, foi subindo, alagou a Praça dos Namorados na confluência da rua 1º de Março, e invadiu os fundos dos quintais até os limites da rua Salvador de Toledo. As embarcações ancoradas ao longo da margem direita do Tietê, ficaram no nível da Avenida Pedro Ometto, e, em extenso trecho, jovens e crianças passeavam de barco, pescavam e até nadavam. O que deveria impressionar pela força domável das águas, transformou-se em ponto de convergência e de admiração do povo.
Depois da enchente, o retorno à normalidade foi tranqüilo, menos para aqueles que integraram no "mutirão da limpeza", pois os detritos e entulhos que não desceram com as águas, exigiram muito trabalho do pessoal da prefeitura e dos proprietários dos imóveis atingidos pela inundação.
Em 1972, novamente o Tietê ultrapassou seus imites, mas felizmente, as perdas só foram materiais.

Fotos da Enchente de 1970


 

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