A HIDROVIA DO ÁLCOOL

A HIDROVIA DO ÁLCOOL
INAUGURADA EM 21 DE AGOSTO EM 1980
PELO DD. PRESIDENTE DA REPÚBLICA JOÃO BATISTA FIGUEIREDO

Na década de 1970, a elevação do custo do petróleo e derivados, motivou uma campanha a nível nacional para a redução do consumo de combustíveis. Velocidade máxima 80km e postos de abastecimentos fechados nos feriados e fins de semana, foram as medidas mais drásticas.
O álcool surgiu como nova opção, pois além do rendimento por quilômetro, o seu custo reduzido estimulava o consumo desse derivado da cana de açúcar, produzida em toda região central do Estado.
A "Hidrovia do Álcool" foi a alternativa para incentivar o mercado consumidor, ao longo de extenso trecho navegável do Rio Tietê, bem como reativar a navegação fluvial, proporcionando a abertura de novas frentes de trabalho, com essa nova opção de transporte, que além da economia de combustível, contribuía para a diminuição do tráfego rodoviário, da poluição e dos riscos de acidentes.
A implantação da "Hidrovia do Álcool" foi possível graças à soma de esforços dos governos do município, do Estado e da União, e considerando o seu alcance sócio econômico, o prefeito José Kyelce dos Santos efetuou o convite ao presidente da república, general João Batista Figueiredo o qual prontamente se dispôs a vir em caráter oficial, à nossa cidade para a inauguração, sendo o primeiro Chefe da Nação, em pleno exercício do cargo a visitar Barra Bonita.
No dia 21 de agosto de 1980, acompanhado de uma comitiva de seis ministros: dosTransportes, Eliseu Rezende; da Agricultura, Amauri Stábile; do Trabalho, Murilo Macedo; das Comunicações, Said Fahart; Chefe da Casa Militar, Danilo Venturine e do Chefe do SNI - Serviço Nacional de lnformações, Otávio Medeiros e do Deputado Federal, Alcides Franciscato, o presidente Figueiredo foi recebido pelas autoridades locais, pelo governador do Estado Paulo Salim Maluf e secretários de Estado; pelo presidente da diretoria da Cesp, Francisco Lima S. Dias Filho, tendo sido efusivamente saudado pelo povo que lotou a Aavenida Pedro Ometto, para ver de perto o presidente de todos os brasileiros, que retribuiu o carinho dos barra-bonitenses, "quebrando o protocolo" várias vezes, indo de encontro aos populares, cumprimentando-os e abraçando-os, num trecho de quase duzentos metros percoridos a pé, até o navio San Raphael no qual embarcou, após o descerramento da placa alusiva à inauguração da "Hidrovia do Álcool", num trecho de 273 quilômetros.
A imprensa falada, escrita e televisada de todo o Estado deu grande e merecido destaque a esse acontecimento que projetou, mais uma vez, Barra Bonita pela histórica visita e a importância de sua finalidade para todos os municípios integrantes da nova Hidrovia.
Em 1981, a "Hidrovia do Álcool" enfrenta um sério problema. A "altura" da Ponte Campos Salles não era suficiente para dar passagem às embarcações e comboios. Um ante-projeto para "levantamento" da mesma em três metros foi apresentado, mas não aceito pelo prefeito Kyelce, pois além de oneroso iria descaracterizar o nosso maior patrimônio histórico: a Ponte Campos Salles.
A solução técnica veio de encontro à vontade da população e das necessidades dos usuários: um canal foi aberto na margem esquerda do rio Tietê e sobre o mesmo foi construída uma nova ponte de concreto com a altura entre os vãos suficiente para dar passagem, sem riscos, às embarcações, mesmo em casos de enchentes.


21/08/1980 - Inauguração da Hidrovia do Álcool
O presidente da república João Figueiredo, acena para
o povo, tendo ao lado o prefeito José Kyelce do Santos


A Hidrovia do Álcool em funcionamento

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